
É fundamental que os propósitos, missões e valores sejam reais e coerentes nas organizações e que todos os colaboradores os tenham interiorizados.
A confiança, a entrega e a paixão estão intimamente ligados com o acreditar, a partilha dos valores, o trabalhar para uma causa maior. A confiança na organização é a base da relação laboral e é essencial a sua existência.
As lideranças têm de apostar nas pessoas e é sua responsabilidade salvaguardar que exista uma cultura humanizada, que haja lugar para o erro, que as pessoas possam ser elas próprias no seu melhor.
As equipas de confiança são as que pedem auxílio ao seu líder, porque sabem que ele existe para as ajudar e assumir com elas o “leme do barco” e que a responsabilidade última será sempre assumida por ele.
Ser líder é muito mais do que ser o bom exemplo, é uma forma de vida e entrega aos outros apostando nos mesmos, é um semear constante. Trata-se de um treino diário de melhoria contínua, um exercício executado com a ambição de ser melhor e contribuir para a satisfação dos clientes, garantir que a empresa possa ser sustentável no tempo e gerar valor acrescentado para todos.
O trabalho do líder é feito a longo prazo, é um jogo infinito. Ser melhor que a concorrência, ampliar os pontos fortes e aperfeiçoar os menos fortes, ser rápido, inovador, conseguir que a empresa tenha a melhor reputação.
O papel fundamental do líder é estar sempre disponível para os outros, é sacrificar os seus interesses em prol dos outros.
O estilo de liderança em grande parte das organizações ligadas à hotelaria nacional está pautado por empresas de cariz familiar de tipo transacional, em que existe uma figura que concentra todo “o poder”.
Felizmente, ao entrarem novos players no mercado, como cadeias internacionais e grupos nacionais mais estruturados, começam a aparecer líderes de cariz transformacional, cujo estilo é pautado por influenciar os vários níveis da organização a acreditar profundamente no propósito e valores, e assim comunicá-los como objetivos a atingir. Estes líderes colocam grande expetativa no desempenho dos seus colaboradores.
Atualmente, é tendência das organizações a menor centralização, com poucos níveis hierárquicos, para descentralizar as decisões o mais possível e tirar o máximo benefício das habilidades, conhecimento e capacidades dos colaboradores.
O empowerment dado às pessoas é sustentado pela confiança, pelo treino contínuo e pelo princípio de que estas são inteligentes e conhecedoras do terreno.
A paixão pela profissão é muito mais do que executar um trabalho com perfeição, é poder divertir-nos. A paixão é fruto de uma entrega contínua, é como um treino, é viver apaixonadamente sabendo que contribuímos para uma missão maior.
E na sua organização, como são as lideranças?
Conteúdo adaptado do artigo publicado na revista “Publituris”, Edição de Outubro 2022 na página 62.
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