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“Para mim o estágio foi um momento muito importante de aprendizagem. Foi o primeiro contacto com o mercado de trabalho, a primeira vez que coloquei em prática o que aprendi na escola. Na minha experiência fui tratada como um trabalhador/funcionário, bem tratada. Ensinaram-me como fazer as coisas, aprendi a distinguir o bom do mau e percebi aquilo que gostava de fazer e o que não gostava. Hoje em dia, creio que o estágio é muito importante no percurso profissional, pois é aí que aprendemos os primeiros passos, é uma alavanca para o futuro. Para mim, foi graças ao estágio que percebi o que queria seguir no futuro”.
– Testemunho de Rute Francisco, profissional de hotelaria, em tempos, a minha estagiária num dos hotéis que dirigi.
Este parágrafo resume muito bem a importância da forma como se integra qualquer pessoa que por um tempo limitado desenvolva funções na organização, assim como a sua formação e seguimento.
Todos nós, nalgum momento, fomos estagiários, principiantes ao iniciarmos qualquer nova função, e esse processo de tentativa e erro é mais suave se contarmos com a compreensão do outro lado.
No entanto, a cultura do erro e a segurança psicológica são conceitos ainda novos para muitas organizações.
Para evoluir e inovar, o erro e a aprendizagem são a base. A partir daí, a evolução para novas realidades, que passam de desafiantes a simples com a repetição, é o expandir da zona de conforto.
Organizações que assumem esta postura e estimulam as suas pessoas a contribuir com ideias num clima tranquilo, em que impera a segurança psicológica, vão mais longe, porque estão envolvidas emocionalmente e a sua opinião “conta”.
É imperativo reinventar o diálogo com os jovens. Este diálogo é bidirecional – é importante que os jovens entendam e falem a linguagem das empresas e estejam instruídos de todos os códigos de comportamento.
Essa será a missão das escolas, promovendo cursos de comunicação e práticas comuns das organizações e integrando os jovens no mercado de trabalho.
Por outro lado, é fulcral um trabalho de sensibilização junto das lideranças nas organizações, no sentido de instruir e munir estas últimas de ferramentas novas para atrair, cativar e fidelizar esses mesmos jovens.
É quase como aprender a falar um novo idioma para um melhor entendimento entre as partes, perceber que as novas gerações são tecnológicas, relacionais, acedem facilmente à informação, são informais, têm sonhos e acreditam que poderão ascender rapidamente aprendendo o máximo possível continuando esse caminho de escalada aqui ou mesmo além-fronteiras.
Várias vezes na minha carreira de diretora tive estagiários que queriam ser diretores de hotel. Sempre admirei pessoas de ambição que querem chegar além, quer estudando, quer trabalhando em várias organizações que permitam esse crescimento.
Eu própria fui uma dessas pessoas, aos 30 anos era diretora comercial e aos 40 diretora-geral. Aos 50 anos, ainda hoje me divirto a fazer o que me apaixona!
Conteúdo adaptado do artigo publicado na revista “Publituris”, Edição de Setembro 2022 na página 46.
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