Que bom que seria termos uma bola de cristal que nos permitisse ver o futuro dos sectores de atividade, em especial o futuro da hotelaria e o turismo.
Atualmente e tendo em conta os tempos de incerteza que vivemos nos últimos dois anos, a evolução dos sectores de atividade ocorre cada vez mais rápido para que existia uma adaptação das empresas às necessidades e exigências dos seus consumidores.
Pensar o futuro é sempre desafiante e por isso decidi concentrar-me em cinco temáticas que considero de maior relevância pela sua pertinência face aos tempos que vivemos atualmente e que passo a enumerar:
Ao longo deste artigo vou analisar e aprofundar cada uma das cinco temáticas anteriormente enumeradas, onde explico a minha opinião sobre a atualidade e sobre o futuro deste sector de atividade.
O primeiro ponto que considero relevante, refere-se às pessoas e aos recursos humanos disponíveis para dar resposta às necessidades deste sector de atividade.
Uma das consequências da pandemia é a escassez de pessoas para trabalhar no turismo e na hotelaria, e tal é um fenómeno a nível global.
O aumento em termos de infraestruturas e outros negócios ligados à hotelaria e turismo nos últimos anos não tem sido acompanhado pelo aumento no número de pessoas com capacidade para preencher todas as vagas que, entretanto se criaram.
Por outro lado, as condições pouco apelativas que se praticam nesta indústria fizeram com que muitos profissionais depois da pandemia abandonassem o sector e preferissem outros como o imobiliário, o trabalho em lojas ou supermercados, ou mesmo o trabalho nas obras.
O problema da retenção e atração do talento está na ordem do dia e muitos empresários começam a olhar para este tema com maior atenção criando boas práticas para com os seus colaboradores.
Neste contexto, o employer branding e o employee experience são planeados e colocados em prática.
Paralelamente um número crescente de empresas procura a certificação da felicidade organizacional e salvaguardar a motivação das suas pessoas por pessoas motivadas serem mais produtivas logo geram maior rentabilidade para as suas empresas tornando-as sustentáveis.
O futuro passa por assumirmos que os nossos colaboradores são os nossos clientes, e que temos que zelar pela prevenção da saúde mental destes criando todas as condições para que seja promovido o bem-estar físico, emocional e psicológico dos mesmos.
Um plano de carreira pressupõe que o colaborador que se identifica com o propósito da empresa e que tem gosto pelo trabalho que desempenha tem como consequência um trabalho bem-feito e de um desempenho excelente.
Deixo ainda em aberto algumas questões, tais como:
É do conhecimento geral que atualmente os consumidores são cada vez mais conscientes em relação ao tema ecológico e na sua escolha por produtos e serviços mais sustentáveis.
No que diz respeito ao sector turístico, os consumidores dão preferência a destinos e locais onde o meio ambiente é respeitado e onde exista um relacionamento com as Comunidades in Loco.
Conheça um pouco mais sobra a Associação in Loco e sobre os projetos que apoiam no âmbito de desenvolvimento e cidadania.
Estas preferências marcam a tendência e fazem com que o tema da sustentabilidade esteja na ordem do dia e que o sector da hotelaria e do turismo integre estas preocupações nas suas estratégias.
A proteção ambiental e a economia de recursos também são de primordial importância, tendo sempre em vista um equilíbrio com o ambiente e os recursos existentes.
Considerando a crescente importância da sustentabilidade nos sectores de atividade, esta deve ser encarada de forma holística, multi-stakeholder e vista como estratégia de negócio.
Segundo a Neomarca, ESG é a sigla para Ambiente, Social e Governança Empresarial. Os indicadores ESG são critérios de conduta praticados por empresas que querem ser:
Adotar práticas de sustentabilidade traz benefícios importantes para uma empresa, uma vez que a longo prazo são criados valores que tornam a organização mais atrativa para possíveis investidores.
É fundamental que os investidores tenham foco pela responsabilidade social, considerem e potenciem os indicadores ESG, reforçando assim relações com clientes, fornecedores e comunidade.
Apostar em Negócios Conscientes com uma cultura responsável é fundamental para que os colaboradores de uma organização sejam mais suscetíveis a estes indicadores.
Neste sentido, para que o nosso planeta seja saudável, tanto as organizações como as pessoas devem estar saudáveis, havendo assim uma íntima conexão entre o bem-estar, a felicidade e a economia.
Assistimos a uma mutação constante do comportamento do consumidor, os ciclos são mais curtos e consequentemente as análises ao mercado e ao volume de vendas são por sua vez mais frequentes.
O aumento de custo das matérias-primas, fornecedores e recursos humanos obriga as organizações a definirem uma estratégia de gestão rigorosa para a empresa independentemente do sector de atividade em que operam.
Atualmente e com a constante evolução, necessidade de adaptação e redefinição do público-alvo, estão a surgir novos mercados e outros tipos de consumidores, com os seguintes hábitos:
Estamos numa era digital e o futuro vai inevitavelmente recorrer à realidade virtual, onde estamos cada vez mais conectados com as nossas relações pessoais e profissionais.
Hoje em dia e com o avanço da Rede 5G, é frequente que as plataformas digitais como websites disponham de assistentes virtuais e chatbots que proporcionam a interconectividade entre dispositivos e o acompanhamento momentâneo do cliente durante a sua jornada de compra.
Relativamente aos meios de pagamento, os mesmos também evoluíram com o avanço da tecnologia, atualmente o consumidor utiliza o sistema “contactless” e até mesmo as criptomoedas no decorrer do seu dia a dia para a compra de serviços e produtos.
A utilização dos indicadores biométricos como a tecnologia de reconhecimento digital, facial e de retina são cada vez mais frequentes.
Neste âmbito a questão da segurança cibernética e a proteção dos dados será de vital importância para que não existam fugas de informação da nossa base de dados.
Por último, no sector turístico e hoteleiro, o crescimento das reservas via mobile, através de plataformas e-commerce, já são uma realidade e a utilização de robots nos hotéis e aeroportos estarão na ordem do dia.
Conteúdo adaptado do artigo escrito para a revista “Executive Digest”.
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