O António tem 22 anos, é estagiário na receção de um hotel de 4 estrelas e o que melhor o define é o seu sorriso franco e generoso. Este jovem executa todo o seu trabalho com uma só mão e com a máxima eficácia e rapidez.
A questão da inclusão e empregabilidade das pessoas com limitações está na ordem do dia sendo assumida como prioritária quer a nível internacional como nacional.
Com foco bem definido no talento e na transformação profissional, o principal objetivo desta questão é essencialmente contribuir para uma sociedade mais humana e justa.
A nível internacional as disposições da Agenda 2030 pela ONU, capítulo 8.°, definem o trabalho como sendo um direito irrevogável para todos.
Relativamente à situação em Portugal, a nível nacional, consideramos os seguintes pontos:
Contudo a situação atual está longe de ser a ideal, com 18 mil pessoas com deficiência a trabalhar na administração pública e mais de 300 vagas comunicadas ao IEFP em Janeiro e Fevereiro de 2021.
No contacto com associações que apoiam pessoas com deficiência, obtivemos a informação de que as empresas do setor hoteleiro estão a aceitar estagiários com limitações.
No entanto, quando os estágios terminam, a passagem para a fase de contratação e integração nos quadros da empresa é muito rara.
Numa época em que o setor hoteleiro se queixa da falta de pessoal qualificado, é fundamental valorizar a formação e colocar de parte as limitações físicas e psicológicas.
Todos necessitam de um trabalho e o grau de entrega destes jovens é muito elevado, logo a rotatividade diminui e assim a sua integração é um bom exemplo para as equipas.
De notar que os clientes estão cada vez mais atentos e apreciam empresas humanizadas e inclusivas, que valorizam os seus colaboradores pelo seu trabalho e não pela sua aparência.
Atualmente já se somam pelo país alguns bons exemplos a este nível, tais como:
A responsabilidade na mudança de atitude para uma sociedade mais inclusiva e que aceite todos, com e sem limitações é algo transversal a todos nós.
Todos nós podemos fazer a diferença e contribuir para um mundo melhor, se lutarmos contra preconceitos, ao dar-mos uma chance a todos aqueles que tal como nós também merecem uma oportunidade.
Lutemos então para um mundo onde a sociedade seja mais humana, mais inclusiva e a cima de tudo mais feliz!
Conteúdo adaptado do artigo publicado na revista “Algarve Lifestyle Magazine”, edição Summer 2021 na página 61.
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